Educação Infantil

Educação Infantil

terça-feira, 3 de maio de 2011

História da Educação Infantil


Na Educação infantil da Idade Média, as crianças eram consideradas como pequenos adultos, não existiam trajes diferenciados para elas. O modo de lidar com essas crianças eram baseados em alguns costumes herdados da Antigüidade.
O papel das crianças era definido pelo pai, por isso que por volta dos sete anos de idade a criança era forçada a viver com outra família, com a finalidade de aprender novos costumes.
O pai tinha o total controle sobre a vida do seu filho, a existência da criança na sociedade dependia da vontade de seu pai. Em alguns casos deficientes eram abandonados e meninas eram vendidas para prostíbulos. O patriarca da família podia tomar a decisão de tirar-lhe a vida por qualquer motivo, na maioria das vezes simplesmente por que aquela criança não lhe agradava.
Somente com o impacto do cristianismo que essa tradição foi chegando ao fim.
Surge então com Idade Moderna a família burguesa, que pensa na criança como alguém que precisa ser cuidado. O ensino foi liberado primeiro para os meninos, as meninas só tiveram acesso ao ensino depois do século XVIII.
O adulto passa a idealizar a infância e percebe que a criança é um indivíduo inocente e que depende dele para sobrevive e enfrentar a realidade. Neste período a infância é tratada como uma etapa de preparação do pensamento para a vida adulta, pensamento este que não é totalmente racional.
No início do capitalismo, embora a educação para as crianças não fosse ainda destaque para a sociedade, ela surge como assistência necessária, com o objetivo de ocupar o lugar da família em vários aspectos.
Com a necessidade da mulher de entrar no mercado de trabalho, surgem as creches (produto da revolução industrial) através da movimentação entre os operários pela reivindicação de um lugar para deixarem seus filhos.
Para as crianças que ficavam muito tempo longe de sua mãe e precisavam ser cuidadas, as creches preenchiam esta necessidade. Para colaborar com a classe trabalhadora.
Em 1922, o estado organizou o 1º congresso Brasileiro de Proteção a Infância. As conclusões foram as de que a creche tinha como finalidade:

·          Combater a pobreza e a mortalidade infantil;
·          Atender os filhos da trabalhadora, com prática que reforçava o lugar da           mulher como mãe;
·          Promover a ideologia da família.

Por volta de1930, Mário de Andrade diretor do Departamento de cultura, traz à proposta de atendimento ás crianças de 3 a 12 anos, fora do horário escolar com o “Parque Infantil” que dava ênfase ao lúdico, espaço para as crianças brincarem.
Passando para 1960 os discursos pedagógicos dizem que o que faltavam para determinadas crianças conteúdo. Surge então uma proposta de creche mais afirmativa para a criança, para a família e para a sociedade. Universalizou-se a idéia de que a educação da criança pequena é importante, independente da sua origem social. Defini use- então que a creche e a pré-escola era direito de toda a família e dever do Estado em oferecer o serviço, não só para ocupar o tempo da criança, mas com uma ideia de fornecer uma boa educação para esses futuros cidadãos.
Em 1988 A Constituição Federal Brasileira define Educação Infantil como sendo a primeira etapa da educação básica atendendo crianças de 0 a 3 anos em creches e de 4 a 6 anos em pré – escolas.
Possibilitando um ambiente que estimule a criatividade, educar e cuidar passam a ser meta principal.
Hoje o jardim de infância é parte integrante da experiência educacional escolar de uma criança. Especialistas e até a própria sociedade reconhece a importância do aprendizado logo nos primeiros anos de vida.
Hoje a concepção de infância para a educação é a proposta da formação de sujeitos capazes de intervir na realidade de maneira crítica, crianças que interagem com os objetivos culturais, crianças que se apropriam da tecnologia de modo a estruturá-las criticamente diante das transformações sociais que as afetam.
A criança que antes era ignorada pela sociedade não havendo nenhuma atenção e cuidado hoje é vista como o futuro da nação. E cabe a educação transformar esse ser tão frágil em homens inteligentes e educados. A criança é um sujeito biológico composto de estágios de desenvolvimentos necessários para tornar-se um adulto.
Para refletirmos sobre essas questões, é preciso que os educadores olhem para essas crianças como alguém diferente, com o olhar de esperança. Não devemos imaginar que seja possível a existência de um modelo único, adequado a todas as crianças. Isso será contrário a tudo o que sabemos sobre as diferenças que as constituem.
 Podemos e devemos, entretanto, pensar em alguns eixos orientado­res da construção das práticas pedagógicas, que deverão ser priorizados, no sentido de garantir às crianças a possibilidade de construírem seus conhecimentos de forma crítica, criativa e consistente.
Vimos que a infância é algo em permanente construção. Mas será que poderíamos dizer que muita coisa mudou em relação à idade media com a infância?
O que poderíamos dizer é que a sociedade tomou um rumo diferente em relação a tudo, crianças, educação e etc. Mas ainda é fato que muitas crianças ainda estão sendo maltratadas. Ainda existem muitos alunos que só vão para escola porque não tem com quem ficarem em casa, ou aqueles que vão à escola garantir a única refeição do dia. A infância rural também ainda é muito diferente da infância urbana, pois ela é mais curta. Assim que a criança chega na idade onde entende o que realmente esta fazendo já começa a ajudar seus pais, que seja no trabalho doméstico ou até mesmo tomando conta dos irmãos mais novos para seus pais trabalharem e isso acaba as tirando da escola.
Do outro lado temos a tecnologia presente no cotidiano das crianças de classes mais favorecidas. Vídeo-game, computador, jogos, desenhos e etc.
 A infância é pra ser vivida, com um pensamento de que não precisamos preparar a criança para ser um cidadão, ele já é um cidadão e precisar vivenciar todos os momentos da sua infância por etapa, com suas características, onde na infância a cidadania seja uma realidade.

Por Natália Inácio